13 abril 2025

A Tenda Vermelha - Anita Diamant

 

Sinopse: Uma história extraordinária sobre a condição ancestral da mulher. Um livro emocionante que traz poderosas lições de amor, perdão e sororidade. Seu nome é Dinah. Na Bíblia, sua vida é mencionada em um breve episódio no livro do Gênesis, nos capítulos sobre seu pai, Jacó. Narrado na voz de Dinah, este romance revela as tradições e as turbulências de ser mulher na antiguidade. A tenda vermelha era o lugar em que as mulheres se reuniam durante seus ciclos de nascimento e menstruação ou quando estavam doentes. Imaginando as conversas e os mistérios mantidos dentro dessa tenda exclusivamente feminina, Anita Diamant nos oferece um olhar privilegiado sobre a vida diária das quatro esposas de Jacó, mães de seus doze filhos homens, e sobre o convívio com sua única filha, Dinah. Com o resgate desse olhar feminino, conhecemos as fascinantes mulheres que sangraram, trocaram palavras, experiências e rituais na tenda vermelha. Em uma voz íntima e poética, Dinah sussurra histórias sobre suas quatro “mães”, Raquel, Lia, Zilpah e Bilah, que a inspiraram com seus traços femininos únicos. Conforme histórias permeadas de sensualidade, intuição e fortes emoções vão sendo narradas, descortina-se um mundo de caravanas, escravos, artesãos, príncipes, milagres e segredos femininos, até o momento em que Dinah mergulha em sua própria saga de paixão, traições e sofrimento.

    A Tenda Vermelha não é só mais um livro que fala sobre um sagrado feminino, é uma obra que nos faz querer e vivenciar o feminino. 
    Em muitos momentos eu desejei que não fosse só um romance, em muitos momentos eu me peguei desejando ter essa tenda para me resguardar, minhas mães para me amparar, minhas irmãs para me segurar enquanto meus pés se firmavam em tijolos e meu corpo se posicionava para dar a luz a uma das vidas em que fui presenteada por ser mãe.
   A Tenda Vermelha é sem dúvida um livro que faz nos reconectar com uma parte de nossa essência como mulher, como mãe, como irmã. 
    Decidi ler esse livro porque encontrei ele em uma bibliografia de uma autora que o leu também e achei o máximo. Nunca me interessei por histórias bíblicas, nunca li a bíblia. Só sei que a mesma existe e para mim é um livro quase como outro qualquer.A Tenda Vermelha nos traz reflexões sobre vários pontos, mas o que mais me tocou e gostei era sobre tudo que acontecia na tenda vermelha, sobre os ritos de passagens, contação de histórias, sobre as deusas, sobre honrar o ventre sagrado, a maternidade, a irmandade a união das mulheres, que se tornavam uma nesses momentos do parto.
    Os segredos das ervas, as mãos mágicas de parteiras. Todo esse universo feminino que acontecia por baixo da hierarquia dos homens me fez sentir falta e o desejo de que isso ainda pudesse existir hoje em dia entre todas as mulheres.
    A autora é maravilhosa em sua narrativa, ela mesma parecia a Dinah, é como se estivéssemos escutando a "verdadeira" Dinah. Me deu sempre a sensação de que ela estava viva. E de alguma maneira pode estar dentro de nossa alma sagrada de mulher.
    Lendo esse livro, entrando nesse universo feminino eu me sinto honrada em ser mãe e mulher. Não me preocupo se hoje em dia ainda exista tanta desigualdade. Não me importa, pois de uma certa forma sempre terá, o que posso buscar sempre é honrar minha história, buscar o melhor e nunca deixar ninguém me redimir. Um fato esse que naquela época não tinha muita saída.
    A Tenda Vermelha deveria estar presente nos dias atuais. Deveríamos sim nos unir e nos cuidar nesses momentos da lua, da maternidade e tantos outros.

12 abril 2025

Tecendo Caminhos Sagrados - Um recomeço com a alma

    Olá, prazer! Seja bem vinda!!! 

    Meu nome é Irinia Zachello e este pequeno espaço nasce do profundo chamado da minha alma. Há muito tempo sinto o anseio de compartilhar vivências, sabedorias, curiosidades, conversas, desabafos e intuições...
    Aqui quero dividir o que venho aprendendo sobre tudo na vida, saberes ancestrais, ouvir a si mesma, se colocar em primeiro lugar, e esse nem sempre é um caminho fácil, não é mesmo? Desde sempre, nós — seres humanos, e ainda mais as mulheres — fomos condicionadas a colocar nossas vontades em segundo plano. Primeiro vem a família. Depois, os filhos, o trabalho, os deveres sociais... Uma infinidade de obrigações que nos afastam, cada vez mais, da nossa essência. Na verdade situações que nunca nem nos permitem pensar sobre isso de fato. O que percebo é que muitas e muitas mulheres e seres humanos não despertaram para essa sabedoria, nem sabe que existe tal possibilidade e devido a esse fato nunca poderá se permitir a verdadeira liberdade de ser ela mesma.
   
    E eu te pergunto: "Quando há um tempo para nós?"

   Minha grande vontade desde que iniciei a tecer meu próprio caminho sagrado, é mostrar que há sim outras formas de viver. Caminhos em que é possível seguir seus próprios sonhos, ser independente, segura de si, e livre de relacionamentos abusivos ou tóxicos... 
    Saiba: sempre é tempo de começar ou recomeçar. Sempre.

🌹 Se você sentiu algo pulsar aí dentro enquanto lia, te convido a continuar comigo por aqui.

Este é só o início do nosso tecer — com palavras, histórias e verdades que curam. Um fio por vez, um passo de cada vez, mas sempre em direção ao que é sagrado.

Com carinho,
Irinia